terça-feira, 14 de setembro de 2010

A escola e a Família - Por que uma escola Católica?

Por que uma Escola Católica?

Porque é uma Instituição de educação que acolhe crianças e jovens e os acompanha no exercício das suas faculdades intelectuais e morais, oferecendo-lhes uma equipe especializada, tempo, material pedagógico, disciplina necessária para desenvolver os seus talentos.

Esta instituição pode depender da coletividade, de um grupo de magistrados ou da Família. Qual é a dependência justa e natural para o bem da criança?

Uma criança não pode ser confiada à uma coletividade anônima, que por princípio, recusa a importância da identidade familiar da criança e promove a emancipação da família. Uma criança é o resultado duma herança genética, humana e espiritual, de uma família que vem de uma linhagem dos antepassados. Estes valores familiares constitui a identidade física e humana da criança que devem ser respeitados.

Qual é o perigo da coletividade anônima não respeitar estes valores da identidade?

A coletividade, por pressão social, pode agredir esta identidade familiar até dissolvê-la e provocar um condicionamento social que aliena a criança para torná-la manipulável e lhe fazer perder a possibilidade de enriquecer a sociedade pela sua personalidade própria, enquanto representante de uma linhagem humana, que a Providência quer.

Qual será a consequência a longo prazo?

A criança vai ser reduzida a um indivíduo social instrumentalizado pelo poder anônimo desta coletividade. Este é o sistema social materialista intrinsecamente perverso que reduz as relações sociais à convenções ideológicas sem fundamento na natureza humana. O homem é reduzido a um elemento material de produção e de consumo que apenas serve ao equilíbrio econômico.

Qual é a consequência para a criança?

Uma criança assim desintegrada do seu meio natural onde nasceu, é fragilizada e não educada no sentido que as suas melhores potencialidades individuais sejam desenvolvidas.

Uma criança deve ser confiada pelos pais a uma escola, que depende da Família e não do estado.
Qual é a importância da escola depender da família?

A escola deve transmitir os valores e ensinar às crianças a enraizar estes valores no coração para produzir o fruto devido. Ora tudo o que vem dos pais é considerado pela criança como natural e tudo o que vem de fora como estranho. Então pelo fato da escola depender da Família, tal como a sua extensão, a atividade da escola vai ser considerada pela criança como natural e assimilável e não como coisa estranha.

Por que os valores devem ser considerados como natural pela criança e não estranhos?

Para ser enraizada e para dar fruto. Como uma lei que deve ser aplicada para surtir efeito, um valor deve ser enraizado em uma convicção para tomar vida e irradiação através de uma pessoa. Isso implica um empenho da parte da criança em prol deste valor (intelectual ou moral). Ora, é uma pessoa convicta que irradia um valor e só assim a sociedade pode beneficiar da existência de um valor. O enraizamento de um valor no coração de uma pessoa é o fruto do valor teórico. Então o enraizar no coração, tão necessário, implica a condição da escola depender do meio familiar. O fato de considerar um valor como estranho impede o enraizamento, e logo o seu fruto, que é a sua irradiação através de uma pessoa convicta.
Qual é o perigo dos valores não terem esta condição do meio familiar para se enraizar?
O aparecimento de várias doenças que se chamam dilettantismo, relativismo.

O que é o dilettantismo?

O fato de reduzir os valores a um elemento da cultura (morta) ou erudição que cada um pode se servir ou abandonar conforme o seu gosto. Já não é o elemento constitutivo da formação da pessoa, da moralidade da sua irradiação social, mas apenas uma informação deixada ao livre uso de cada um.

O que é o relativismo?

Uma consequência do dilettantismo, enquanto que os valores da verdade e da justiça perdem a sua autoridade absoluta para formar as inteligências e os corações. É o perigo de perder as convicções e de sair da verdade e ser causa de todas as desgraças denunciadas por Jesus Cristo falando do demônio e dos seus seguidores: “porque não podeis ouvir as minhas palavras (para aderir com convicções) sois filhos do demônio (como os liberais e os agnosticistas etc...); ele não permaneceu na verdade e era homicida desde o princípio (por exemplo os maçons, que renegam a verdade revelada, fomentaram revoluções sangrentas)” (João 8, 43-44). Sair da verdade ensinada por Jesus Cristo é entrar no mistério da iniqüidade porque “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e vida(e não materialismo e morte como o comunismo com todos os seus crimes)”(João 6, 64). Devemos combater o relativismo com as palavras de São Pedro”Senhor a quem havemos de ir? Tu tens as palavras da vida eterna”(João 6, 69). De fato aderir com convicção à nossa fé é uma questão de vida eterna, uma questão vital.

Quais são as consequências para a sociedade?

A indiferença no que diz respeito à conservação e à transmissão dos valores. A Instabilidade no respeito da transmissão dos valores morais e intelectuais, e logo no respeito da justiça e da vida. O mais forte e mais astuto vai decidir da transmissão dos valores, vai impor a medida da justiça e vai decidir a vida dos outros.

Mas o que significa o fato da escola depender diretamente do Estado?

Este fato significa que o Estado não confia nos pais, que no entanto são membros da sociedade e formam a célula primordial da sociedade gerida pelo Estado. Há um contrassenso no fato de o Estado substituir a família na obra da educação escolar: se não confia em um fato tão natural e fundamental para a sociedade que é a família, como é que pretende se assentar sobre as famílias para organizar a sociedade? Se a família não é de confiança, quais são os motivos desta desconfiança? E até onde pode se estender esta desconfiança? Chegamos assim a um absurdo.

Qual é o papel do Estado na educação?
O Estado deve oferecer às famílias as melhores condições financeiras, de segurança e morais para que as famílias possam escolher o que é melhor para o desenvolvimento intelectual e moral das suas crianças e filhos. O poder escolher as escolas mais idôneas é um direito natural, que pertence aos pais honestos, benevolentes para com as suas crianças e filhos.

Qual é o Papel da Igreja Católica na educação?

Devido à sua missão de continuar na história humana a restauração da natureza humana empreendida por Jesus Cristo, perfeito homem e perfeito Deus, a Igreja Católica organizou o sistema da escola para todos em ajuda às famílias que desejavam oferecer aos seus filhos todas as possibilidades de desenvolver as suas faculdades intelectuais e morais. A sociedade foi beneficiária deste empreendimento da Igreja. Agora a Igreja continua a acompanhar as famílias no trabalho da educação pelo meio da escolas católicas, defendendo o laço de dependência que existe naturalmente entre a família e a escola.

A escola pode ser neutra e não confessional?

Não, isso é contra a lei natural, que faz que o Homem sendo criado à imagem de Deus, tenha naturalmente uma abertura à realidade de Deus. A sua educação humana na ciência e na moral deve corresponder à educação religiosa. Os Papas condenaram a escola neutra (e também a laicista), que recusa integrar a formação religiosa na formação humana. Os pais não podem confiar os seus filhos à tais escolas neutras. Apenas existe agora uma tolerância que deixa os pais confiar os filhos à tais escolas neutras, mas com a obrigação de remediar esta carência de cursos religiosos fora da escola. O resultado não é igual, mas em caso de necessidade e com a ajuda dos pais e da Igreja, a graça supre a esta falta.

Qual é a razão da necessidade de incluir a formação religiosa na escola?

A necessidade de evitar que a criança, e mais tarde o adulto, considerem a formação religiosa como uma opção e não como um elemento necessário ao seu desenvolvimento humano.

Será que a religião é tão necessária?

A religião é a finalidade, o destino do homem. A aliança do homem com o Criador é a preparação a esta perfeita união de vida e de atividade entre o homem e Deus que constitui a felicidade eterna do homem. As suas faculdades de conhecer e de amar necessitam da realidade de Deus, para se ativarem perfeitamente de maneira feliz.


**Os Responsáveis do projeito